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A MALDIÇÃO DO FAZENDEIRO

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Classificação Indicativa: 14 anos

Este blog leva os leitores por uma aventura repleta de coragem, amizade e superação. Com momentos de ação intensa e momentos emocionantes de reconciliação familiar, mais esta daqui possui momentos violentos com palavras inapropiadas para certas idades então recomenda-se que ela tenque ser lida somente para leitores a partir de 14 anos, oferecendo uma experiência de leitura envolvente e edificante.







Por milhares de anos, a Morte sempre foi considerada uma divindade solitária; no entanto, ele percebeu que não conseguia cuidar do submundo e das almas que conseguiam escapar dele ao mesmo tempo. Assim, ele pensou em criar uma espécie de punidor que o ajudaria a capturar as almas que escapavam do submundo ou que praticavam magia negra. Dessa forma, a cada mil anos, ele escolhia um humano para ser seu punidor.


Brasil (SP) 2007


Após um período de reclusão de dez longos anos, o jovem emerge da instituição psiquiátrica que foi seu confinamento. Seu passado é marcado por um evento trágico, no qual ele tomou a vida de duas pessoas. Estas, que em seus dias de outrora praticavam bullying com uma crueldade diária, alimentaram dentro dele uma fervura de ódio que atingiu proporções avassaladoras. Empurrado para o limite extremo, esse rapaz encontrou uma solução para seus tormentos que, embora imediata, seria acompanhada por consequências profundamente duradouras.

No calor da emoção e num gesto tomado pela fúria acumulada, o jovem resolveu confrontar de frente os desafios que há tanto tempo o atormentavam. Nesse ímpeto, ele fez uma escolha fatal, sem ponderar adequadamente as ramificações que tal ato teria sobre sua


vida futura. Impulsivamente, ele empunhou a arma de seu pai, e sem qualquer resquício de piedade ou hesitação, tirou as vidas dos dois adolescentes responsáveis por seu sofrimento.

As consequências desse ato de extrema violência reverberaram amplamente, desencadeando uma série de eventos que mudariam de forma irrevogável o curso de múltiplas vidas. A chegada da polícia à cena do crime resultou na prisão do pai do jovem, envolvido em atividades ilegais de posse de arma e tráfico de drogas. Simultaneamente, o próprio autor dos atos violentos foi apreendido e conduzido ao sistema de saúde mental, onde uma equipe de especialistas buscava compreender as complexas motivações subjacentes ao crime.

Diante da gravidade de suas ações, o jovem confrontou a realidade sombria de suas escolhas. A ideia de autodestruição chegou a cruzar sua mente, mas as munições que havia esgotado antes mesmo de cometer o ato macabro o impediram de dar fim à própria vida. Uma ironia cruel que sublinha a imprevisibilidade do destino.

Após o transcurso de vários anos, o jovem que então se transformou em um adulto, passando a ser conhecido como Lucas, carrega consigo a árdua marca de seu passado repleto de crueldade. Com o apelido de Psicopata gravado em sua história, ele se encontra em uma realidade desafiadora, onde as oportunidades de emprego lhe escapam por entre os dedos, culminando em uma situação de morador de rua. O fardo dos erros cometidos em tempos passados, erros estes que são irreversíveis, converteu-o em um proscrito até mesmo perante sua própria família, que o rejeita em virtude das transgressões


inaceitáveis que perpetrara. A falta de horizontes positivos o impeliu a contemplar a drástica e desesperada saída do suicídio, concebido como um meio para finalmente se desvencilhar dos tormentos que o aprisionam.



Na iminência de um abismo emocional, sobre o qual se sentava à beira, dentro de um edifício abandonado, Lucas se debruçava sobre uma profunda introspecção. Diante de si, ele se via diante de um espectro misterioso, emergindo das sombras, portando uma foice imponente, cuja voz reverberava na penumbra do recinto.



Homem: Lucas, a vida transcende os meros parâmetros materiais, sendo intrincada e frequentemente insondável em sua essência.



Surpreendido e perplexo, Lucas se esforça para compreender a presença e as palavras desse enigmático visitante.



Lucas: Quem é você? Como tem ciência do meu nome e...



Homem: Não tema, Lucas. Eu sou aquele que apresenta alternativas nas encruzilhadas da existência. Você não precisa buscar a solução final na morte, é.... mais ou menos.



Mesclando apreensão e curiosidade, Lucas anseia por respostas.




Lucas: Isso parece impossível... Como você pode ser...



Homem: A humanidade com frequência se acovarda diante do desconhecido. Contudo, agora você está diante de uma revelação que transcende a percepção convencional.



Antes que Lucas pudesse inteiramente assimilar aquelas palavras, o enigmático homem crava a foice no solo. Instantaneamente, ambos são transportados para uma floresta sombria e enigmática. O homem das sombras prossegue em sua narrativa.



Homem: Eu sou a Morte, o Ceifador de Almas, o guardião do submundo. Estou aqui para lhe oferecer uma oportunidade singular, concedida a um entre bilhões. Você terá a chance de se tornar meu Punidor, um intermediário entre as divindades e a humanidade, carregando consigo a imponente Maldição do Fazendeiro.


A CRIAÇÃO DO FAZENDEIRO



Lucas: Maldição... Não posso aceitar. Por favor, me leve de volta, por favor.



Morte: Mas por quê? Afinal, você estava disposto a se lançar ao abismo do próprio fim. Na verdade, seria mais cômodo para você

permanecer aqui, não? Até a hora do veredito final. Afinal, acredito que os deuses celestiais não aplaudam assassinatos e autodestruição. Mas, se você está disposto a se aventurar sem rumo, sem considerar as possibilidades... Bem, não faz diferença. Certamente encontrarei outro humano capaz de refletir sob pressão.



Lucas: Não, por favor! Peço clemência! Não me deixe neste lugar desolado. Aceito qualquer coisa, só não me relegue aqui. Pelo amor de Deus!



Morte: Assim seja, então. A partir de agora, pelos próximos mil anos, você assumirá o papel de meu executor. Você se tornará o Fazendeiro, portador da formidável Maldição do Fazendeiro. Através dela, você será exaltado como um dos seres mais influentes da atualidade. A maldição o transformará em um ser divino, transcendendo a essência humana.



Lucas: Aguarde... Eu...



E antes que Lucas pudesse concluir sua sentença, a Morte desferiu um golpe vigoroso com sua foice no solo. Instantaneamente, a paisagem ao redor começou a se tingir de branco, e Lucas foi envolto por uma luz ofuscante e divina. Renascia como o Fazendeiro, portador da maldição que o transformaria. Quando voltou à consciência, encontrava-se no topo de um edifício, desorientado e perplexo.




Fazendeiro: Mas... O que ocorreu?



Entretanto, antes que pudesse explorar seus pensamentos, a borda do edifício cedeu, precipitando-o em queda livre em direção ao solo. Apenas centímetros antes do impacto, ele começou a flutuar, envolvido por uma transformação intensa. Sentia-se crescendo em tamanho e força, sua essência sendo reescrita.



Ao encarar seu reflexo após a metamorfose, percebeu-se transformado em uma figura sombria, quase a personificação de um fazendeiro vindo de um filme de terror. A multidão ao redor, pasma, presenciava essa mutação inacreditável. Uma voz, carregada de medo e fascinação, rompeu o silêncio.



Pessoa: Meu Deus, quem é você?



Com uma voz grave e ameaçadora, ele respondeu.



Fazendeiro: Eu sou o Fazendeiro.



Num piscar de olhos, o Fazendeiro desvanecia-se, reaparecendo em uma realidade alternativa. Uma paisagem sombria, porém intrigante, o envolvia. Seu novo destino, permeado de mistério e


desafios, estava apenas começando.

O Fazendeiro percebeu, ao despertar, que estava imerso em uma fazenda sombria e misteriosa. À sua esquerda, um grupo de homens montados em cavalos, empunhando armas e facões, mantinham uma postura ameaçadora. À sua direita, cães gigantescos com olhos vermelhos e manchas de sangue na boca exibiam um comportamento igualmente sinistro. Atrás dele, bois e touros emanavam uma aura intimidadora, enquanto espantalhos agitavam-se inquietos. Corvos e abutres sobrevoavam o local, completando a cena de pesadelo. Sobressaltado, o Fazendeiro, tomado pelo medo, preparou-se para o embate iminente, mas, à medida que essas criaturas se aproximavam, algo inesperado ocorreu.



Surpreendentemente, os seres sombrios começaram a ajoelhar-se perante ele, como se reconhecessem sua presença e autoridade. Nesse instante, a Morte manifestou-se diante do Fazendeiro, proferindo suas palavras com um tom enigmático.



Morte: Receba sua nova morada, Fazendeiro. A partir de agora, este será seu domínio.



Fazendeiro: Entretanto, por que eu? Estou perplexo com essa reviravolta. Pelo menos terei a permissão de visitar minha antiga casa ocasionalmente?



Morte: Sua antiga moradia? Você acredita que sua casa era um


lugar físico? Pois saiba que será aqui que você permanecerá, em definitivo.



Fazendeiro: Mas... por qual motivo? E por que escolher justamente a minha pessoa? Quem me tornei, afinal?



Morte: Suas dúvidas logo serão sanadas por meio de uma narrativa elucidativa.



Fazendeiro: Narrativa? Como assim?



Morte: Nunca ouviu uma história, antes? Seu papel agora é ouvir e refletir, sem questionar.


A ORIGEM DO FAZENDEIRO


(Morte): A cada mil anos, seleciono um homem da Terra para assumir o papel do meu Punidor. Concedo-lhe poderes extraordinários, multiplicando suas habilidades por um fator de três mil vezes além do que possuíam anteriormente. Além disso, conferem-se os poderes equivalentes a um fantasma de nível dez, essencialmente tornando-o um ser divino entre os mortais. A incumbência desses escolhidos é crucial: capturar as almas que logram escapar do submundo, retornando à Terra na forma de espectros, e também eliminar aqueles que se entregam à magia negra. Eles também têm a missão de vigiar os indivíduos dotados


de poderes sobrenaturais, capazes de ameaçar o equilíbrio entre os mundos espiritual e terreno.

Essa honra foi conferida a sete outros indivíduos antes de você, e agora, como o oitavo Fazendeiro, é chegado o momento de conhecer mais sobre a sua nova função e as peculiaridades de sua fazenda. Primeiramente, a dimensão de sua propriedade é dez vezes maior do que qualquer outra já existente. A magnitude e a força do seu gado e soldados são inigualáveis; sua vitória é praticamente inevitável. Na sua propriedade, você desfruta de uma quase imortalidade e invencibilidade.

A Fazenda é uma extensão de seu poder, permitindo-lhe reger sobre ela de forma inigualável. No entanto, há um aspecto que merece ser mencionado: o Fazendeiro pode ter um parceiro, alguém escolhido por você para auxiliá-lo. Embora compreenda que essa possibilidade não se aplique no momento.

Seja bem-vindo a essa nova etapa de sua jornada, Fazendeiro. Compreenda seu papel e abrace-o, pois seu destino agora está intrinsecamente ligado à sua Fazenda e à manutenção do equilíbrio entre os mundos por mil anos ou mais caso você não morra antes de completar os seus primeiros anos.


Fazendeiro: Que situação intrigante... e agora.


Morte: Como assim, "e agora"?



Fazendeiro: É que estive refletindo sobre o fato de que não parece haver qualquer agitação entre as almas. Por acaso, existe alguma hierarquia entre os fantasmas?




Morte: É evidente (que nenhuma alma está atualmente agitada). No entanto, há um ser nefasto que tem assolado seu planeta por milênios. Este ser sombrio já ceifou a vida de quatro dos meus mais valorosos fazendeiros.


Fazendeiro: E por qual motivo você acredita que eu serei capaz de enfrentá-lo? Afinal, desconheço se está ciente, mas jamais possuí poderes.



Morte: Porque você detém habilidades que se diferenciam dos demais. Dispõe do poder de equiparar-se à força de qualquer ser, o que significa que ninguém se tornará mais robusto, ágil ou resiliente que você, uma vez que você sempre se adaptará ao nível de força do adversário.



Fazendeiro: Uau, isso é realmente impressionante! Uma ideia incrível! Porém, por qual razão você não me dotou de uma força consideravelmente superior à dele? Aliás, quem é esse indivíduo e como ele adquiriu tamanha capacidade?


(Morte permanece em silêncio, sem responder à pergunta até que)


Morte: Você faz mais questionamentos do que um repórter durante as eleições. Entretanto, admiro sua audácia, ainda que patética. Acha mesmo que eu concederia tamanho poder a um ex-presidiário? Continue sonhando. O indivíduo que você precisa caçar é ninguém menos que o primeiro Fazendeiro que criei. Infelizmente, ele tomou um rumo sombrio quando decidiu trair minha intenção inicial. Esse ser assumiu o nome de Macabro e, junto ao seu parceiro Sanguinário, buscou aniquilar-me. Ainda me recordo das inúmeras tentativas frustradas.

Apesar disso, consegui bani-los da fazenda. Contudo, apenas Macabro permaneceu, pois eu acabei ceifando a vida de Sanguinário. Esses eventos datam de tempos remotos. Hoje, Macabro deve estar camuflado sob a máscara de um autoproclamado deus, talvez tramando reunir um exército de mortais para invadir o submundo e, posteriormente, a própria terra. Você, como o atual Fazendeiro, é o único com a capacidade de detê-lo.

Entretanto, devo admitir que Macabro não é um adversário fraco. Com centenas de anos, ele acumulou habilidades e conhecimentos. Se ele estiver fingindo ser uma divindade, é provável que tenha descoberto o segredo de transformar crença em poder. Nesse contexto, você deve ter extrema cautela. Ele pode estar prestes a descobrir a chave para converter fé em força, o que...

Fazendeiro: Então você está me dizendo que esse tal Macabro foi o primeiro Fazendeiro que você criou, e ele também foi o primeiro a tentar tirar sua vida. Além disso, você menciona que ele é o único ser que conseguiu escapar do seu destino fatal. Isso é notável! Agora, segundo suas palavras, ele adquiriu a habilidade de transformar a devoção de seus seguidores em força


e poder. Isso significa que, ao longo do tempo, ele se tornou praticamente invulnerável. Se isso for verdade, enfrentá-lo será um desafio colossal. Além disso, admito que estou incerto sobre como utilizar meus próprios poderes.



Morte: Acalme-se. Você está se subestimando demais. Tenha confiança em si mesmo e em suas habilidades. Compreendo que essa é uma situação totalmente nova para você, mas é assim que a vida se desenrola. A verdadeira chave para o sucesso muitas vezes está nos territórios desconhecidos. Saiba que, entre todos os Fazendeiros, você é o mais poderoso. Isso não é um mero estímulo vazio; é uma realidade que eu reconheço. Sua força e sua coragem não passaram despercebidas. Acredite em si mesmo, pois você é a única esperança capaz de deter Macabro. Não estou lhe dizendo isso para elevar seu ânimo, mas sim porque é um fato. Sei que você tem o potencial necessário para enfrentá-lo.

Fazendeiro: Muito bem, então onde exatamente posso encontrar esse indivíduo chamado Macabro?

Morte: Pois é, eu mesmo gostaria de saber a resposta para essa pergunta.

Fazendeiro: Como assim? Você não deveria ter essa informação?

Morte: Bem... Essa é uma questão que ainda estou tentando entender.

Fazendeiro: Mas por que você não pode me explicar agora? Onde você...

E antes que o Fazendeiro consiga concluir sua pergunta, a Morte estala os dedos e o Fazendeiro se vê repentinamente em uma


região no sul da África. No novo cenário, uma voz familiar ecoa, pertencente à Morte.



Morte: Antes que Macabro se tornasse mais poderoso, eu consegui rastreá-lo até esta região. Não se preocupe em como farei isso, pois vou garantir que você sinta a aura do poder dele. A menos que ele tenha desenvolvido algum feitiço de disfarce, algo que ele certamente faria, você conseguirá sentir a presença dele. Use seus cachorros para seguir o rastro, e se necessário, esteja disposto a fazer o que for preciso para encontrá-lo. Isso inclui ações drásticas como interrogar, torturar ou até mesmo eliminar obstáculos que possam estar em seu caminho.

Fazendeiro: Compreendo, embora eu achasse que uma explicação antecipada teria sido mais eficiente.

Morte: Ah, vá lá, não precisa bancar o entendido.

Fazendeiro: Hum, isso doeu um pouco.

Morte: Se eu me importasse com isso, talvez eu me comoveria. De qualquer forma, agora você já deve ter uma noção do que fazer. Lembre-se de que tem bastante tempo, afinal, terá mil anos de vida pela frente.

Fazendeiro: Pelo menos isso é uma vantagem.

Morte: Essa é a perspectiva comum até os mortais chegarem aos cem anos.

Continua...


Parte 2: aqui

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Escrito por: Francisco Ferreira Silva




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